domingo, 30 de janeiro de 2011

The Coffee Place

Quão estranho é acessar a internet em meio a vários estranhos? Hoje estou em um café perto da minha casa,  com o meu laptop e o meu livro. Terei que ficar aqui durante quatro ou cinco horas enquanto um Open House é feito na minha casa. Aqui eles chamam de Open House um dia em que abrem a nossa casa para quem estiver interessado em comprá-la e os moradores da casa não podem ficar lá, somente um ou dois funcionários da imobiliária. Comprei um bagel com creamcheese, não que eu estivesse com fome, mas para ter o direito de ficar sentada aqui por horas e horas usando a internet do lugar. Fico olhando ao meu redor, nesse lugar tão cheio de macbooks, notebooks e netbooks, poucas pessoas estão acompanhadas de outra(s) pessoa(s), a maioria tem a companhia de um computador ou um livro. Fico imaginando o porque de vir a um lugar desse para lêr por horas e horas, ou estudar, ou mexer no facebook, algumas pessoas para trabalhar via internet. O cara do meu lado está lendo um livro chamado “ Jesus aos olhos do oriente médio”, a menina do meu outro lado está ligadona em alguma rede social, uma moça mais pra frente tem uma bandeira da alemanha colada no apple dela e eu aqui, escrevendo sobre todos eles. A parte positiva é que escrevo em português e difícilmente alguém vai entender do que falo. Então, qual sería o motivo de vir a um café, se não for para beber café? Será que a casa dessas pessoas é tão insuportável assim? Ou barulhenta? Ou será que algum deles ainda está sem luz depois da pequena tempestade de neve que tivemos na quinta? Lendo a trilogia do Stieg Larson, me deu uma vontade tão grande de entender muito de computador, de ser uma integrante da comunidade dos hackers e poder sair fuçando no computador de todos, ver o que fazerm por lá e conhecê-los melhor, pois realmente, a nossa vida inteira pode estár salva nesse HD que carregamos pra lá e pra cá. Agora o cara que lía o livros sobre Jesus, fehcou o mesmo e abriu o seu computador, está usando o word, deve estár escrevendo sobre o livro ou sobre o assunto dele. A menina do meu lado pegou umas folhas e acho que passou do facebook para algum trablho ou pesquisa, a moça com a bandeira da alemanha está na mesma posição, nada mudou. O menino do livro acabou de ir embora e uma moça sentou no lugar dele, ela também tráz um laptop, mas não o está usando ainda. E eu? Eu já terminei de comer o meu bagel e o meu suquinho de maçã também já está no fim. Mas vou confessar, já muito vim neste mesmo café para estudar, as vezes parei pra comer algo e fiquei lendo, mas é a primeira vez que trago o meu laptop. É muito bom vir a um lugar desses, é silencioso, algumas pessoas conversando, mas em tom baixo, outras lendo, o barulho do café sendo feito e da vida seguindo tranquilamente num domingo a tarde. Em algumas semanas estarei de volta ao Brasil, há uma semana eu estava mal, hoje já me sinto melhor e até bem contente e anciosa para voltar. Ainda assim sofro pelos meus amigos, minha rotina de final de semana, meu coffe place favorito. Paciência, acharemos outros, outros amigos, outras rotinas, outros cofés. E só para terminar, a menina que sentava do meu lado acabou de sair, e um estudante de medicina largou as coisas ali, está estudando o cérebro humano. Interessante. 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Desligue a TV e vá ler um livro

Hoje, às 10:30 da manhã eu postei no meu facebook o seguinte: acabei de perder 10 minutos do meu dia lendo uma notícia sobre BBB11, que vergonha Brasil...

Hoje, as 20:30, recebi um e-mail de uma amiga blogueira. Um texto do nosso queridíssimo Luis Fernando Veríssimo, que simplesmente simplesmente leu os meus pensamentos.
O texto do Luís Fernando definiu aquelas linhas e três videos que eu havia lido/assistido há poucas horas antes de uma maneira que realmente parecia ter ouvido tudo o que eu pensei enquanto lia aquele absurdo(no mínimo havía assistido a vergonhosa situação ao vivo na noite anterior). Admito que no início do Big Brother, quando eu tinha 11, 12 ou 13 anos, eu gostava. Minha mãe não me deixava assistir, o que me fazia gostar disso mais ainda, já que o que é proibido é mais gostoso... Mas vamos por partes, primeiro, Paula, o que você fazia lendo sobre o Big Bosta, como é chamado Brasil a fora, ao invéz de estar lendo o New Yorker, como havía prometido? Bom, eu já tinha lido várias páginas e muitas resenhas de livros e filmes, estava cansada e pesquisei por notícias brasileiras. Mas Paula, se você procurou por notícias, porque não as leu?? Bom, eu li, mas quando vi a manchete da reportagem sobre o BBB11 eu não acreditei e decidi verificar. A manchete tinha o objetivo de chamar a atenção e, sério, não tinha como não chamar. A fulaninha ficou com o carinha que ficou com a mocinha que ficou com a outra mocinha na mesma noite. Li isso e... bom, e li de novo e de novo, pensei e decidi clicar. Que bosta é essa??, pensei.  É, é uma Big Bosta... No texto que li no site da própria globo, via-se que o autor usou muito apelo sexual, não é novidade pra ninguém que sexo vende... e infelizmente o cidadão brasileiro adora isso(não falando sobre sexo, mas sobre cheretar na vida dos outros), como o Luis Fernando comentou, à cada noite de paredão, a Globo+Telefônica chega a arrecadar mais de vinte e nove milhões de reais, e o autor ainda deu exemplos do que fazer com o dinheiro, pode-se construir mais de 500 casas populares ou comprar cinco mil computadores a cada domingo. Aí eu penso numa final do programa... Poderíamos salvar o mundo! Poderíamos até comprar um planeta novo pra se viver!! (rsrs)
Que vergonha Brasil. Viva a Itália, que proibiu a divulgação do programa. 

Keekee

Estava eu, sem nada para fazer pela internet, lendo blogs, vendo videos. Ao conversar com uma amiga, ela me apresenta a um rapaz chamado Keenan Cahill, a princípio fiquei com a idéia de que era um menino com deficiencia que fazia videos onde dublava músicas famosas, fiquei curiosa e pesquisei. Aparentemente, fui a última a saber sobre o rapaz. Keekee, como é conhecido na internet tem mais de 50 videos publicados no Youtube, a maioria com milhões, não milhares, mas milhões de vizualizações e no twitter é seguido por mais de 25 mil pessoas. Realmente tenho ficado meio por fora desse tipo de fofoca, estou mais focada em me inteirar no que acontece no mundo da política, economia, desastres, enchentes, essas coisas chatas e um pouco de futebol (não tem como fugir de futebol acessando qualquer site de notícias que termine com .com.br), até lí uma crônica muito interessante hoje na zerohora.com do David Coimbra, dizendo que os torcedores são uns trouxas. Mas voltando ao californiano Keenan, ele tem 15 anos e nasceu com problema cerebral, nos ossos e nos órgãos e superou a si mesmo, mostrando-se muito simpático e inteligente. Começou a fazer videos aos 10 anos de idade e hoje faz tanto sucesso que pessoas famosas, como o 50 cent, procuram ele para entrevistas ou fazer outros videos com o menino. O vídeo a seguir é da música Teenage Dream da Katy Perry, achei muito engraçado o jeito que ele dublou ela, principalmente no refrão. O vídeo após este, achei mais interessante ainda, pra quem entende inglês, é uma boa pedida, o cara defende o Keenan e coloca a rapazeada preconceituosa no seu devido lugar. Fica a dica. Agora estou por dentro de (quase) todas.



domingo, 23 de janeiro de 2011

Snowboard

Sempre tive o sonho, nunca a oportunidade. Entretanto, na última semana tive a oportunidade de aprender a surfar na neve duas vezes, oportunidades devidamente aproveitadas. Uma das melhores experiências da minha vida. Inesquecível.
Quando chegamos lá vimos aquela montanha enorme, coberta de neve e, como a Fe descreveu, milhares de formiguinhas descendo. Realmente parece um formigueiro branco. Ao pegar os equipamentos todos, começamos a ficar nervosos e aquele friozinho na barriga chega sem ajudar muito. Na minha primeira vez eu caí muito, me machuquei, muitos hematomas para contar história. Na segunda vez, já mais segura e acostumada com a prancha presa aos pés, consegui descer melhor, desviar de obstáculos sem ter que me jogar no chão pra não esbarrar em alguém. Por últmo desci em uma pista mais alta e mais inclinada, foi mais difícil, mas ali eu vi que já pequei jeito na coisa, só falta praticar. Foi demais.
As vezes eu sinto que nasci no lugar errado, ou talvez seja o sangue alemão falando um pouco mais forte. Mas adoro esportes de inverno, patinação, snowboarding e tenho certeza que ia adorar esquiar também. Adoro a neve e tudo isso, não me importo de ficar presa em casa, já que cada vez que olho pra rua fico lá, minuto após minuto, observando o branquinho everywhere. Nascendo no lugar errado ou não, eu sei a onde pertenso e pra lá eu volto em pouco tempo. Porto Alegre que me aguarde, pois assim como amo gelo, amo água e aquele Guaibão lindo.
Snowboard, se eu conseguir, ainda irei pra Argentina ou Chile fazer, ouvi falar que tem uma montanha em São Paulo também. Vamos pesquisar. Admito que está difícil de dizer adeus, mas vou transformar isso em um até logo para ver se facilita. Mas uma coisa eu garanto, muito mais fácil vir do que voltar. E como eu disse, Porto Alegre que me aguarde!


Ps: No post anterior eu não quis falar que não gosto de seguidores, como a minha mãe mesma disse, usando as palavras dela, eu amo os meu seguidores. O que quis dizer é que o número de seguidores não é o número de leitores de um blog e que pedir para seguir me deixa louca. haha. Tudo bem se pedem pra eu dar uma passadinha no blog de alguém, se eu gostar, eu sigo. Se eu não curtir muito, eu deixo quieto. Mas sigam-me, sigam-me!! hehehe. bjosmesegue! =)

topo de uma das pistas, vista de tirar o fôlego.




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Blogs e Blogueiros

Estou criando uma mania, mania de blogueiro, de curioso. Passo horas passando de blog para blog, são raros os que realmente paro e leio tudo, alguns leio metade do que falam, se perco interesse penso, PRÓXIMO!!, e continuo a seguir. Prefiro ler coisas de pessoas que conheço, mas adoro fazer amizade com aquele blogueiro tão inspirado. Hoje, quando vi, tinha várias abas de blogs abertas na minha janela do Google Chrome, saí fechando as que não interessavam no momento e quando vi ainda haviam várias lá, me olhando, me pedindo uma visita, uma espiadinha, uma lida e, se possível, um comentariozinho para dar um olá.
Leio sobre consumismo, sobre anti-consumismo, sobre o dia a dia das pessoas, notícias, sobre design, sobre viagens, sobre livros. Muito de vez em quando sobre moda e beleza ou saúde. Nunca, sobre fofoca de gente famosa ou novelas. Adoro blogs. Mas não me venham pedir para seguir o blog de alguém, sou sincera ao dizer que acho isso decadência, até porque é muito fácil seguir um blog. Nós blogueiros não queremos seguidores, queremos leitores. Mas não vou mentir, aquele numerozinho de seguidores subindo a cada dia na barra lateral do blog emociona!
Por outro lado, eles me assustam. Eu sou do tipo de blogueira que faz um diário, escrevo o que penso, o que sinto e o que quero. Ponho pontos pessoais aqui, quem lê sabe quem sou, me conhece. Quem lê o blog, eu não posso dizer com certeza quem é, mas tenho uma meia dúzia de seguidores ali no canto direito e outra meia dúzia que imagino que lê sem seguir. Hoje o comentário de uma amiga minha me chamou a atenção, falávamos de ciúmes de namorados e de namoradas dos nossos exs fuçando na nossa vida, orkut, facebook, etc... Então eu comentei sobre o pessoal que entra no meu blog e ela me respondeu “essas são as que mais entram!”. Achei engraçado, mas é verdade, moçada curiosa. Eu não tenho uma enorme lista de ex-namorados ou casos ou whatever, mas as blogueiras que tem, com certeza têm umas “fãs” invisíveis que estão sempre presentes em seus blogs. Quanta ironia. 
Vou me despedindo agora, ainda tenho uns blogs para ler, antes de pegar o meu livro e aproveitar a minha caminha. Estou lendo o terceiro livro da sério Milennium do Stieg Larson em inglês, adorando! As vezes me bate uma curiosidade de como que algumas expreções são passadas para o português, a minha favorita é quando a Lisbeth chama o Mikael de Kalle fucking Blonkvist, adoro!! Quem sabe um dia eu não leia tudo isso de novo, mas daí em português? É uma idéia interessante, mas enquanto não se realiza, vamos seguir blogando. 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Carta ao Leitor

Querido leitor,

A Vida de Pi é um livro que eu infelizmente ainda não li, mas eu sei o que se passa na hitória. O romance escrito pelo Canadense Yann Martel, publicado em 2001, conta a trajatória de um menino, Piscine Molitor, que chama a sí próprio de “Pi” e sobrevive 227 dias após um naufrágio em um pequeno barco sendo dividido com um tigre de bengala no meio do Oceano Pacífico. O menino tem que aprender a sobreviver no meio do nada, com pouca água para ele e tendo que dividir o que tem com o tigre, garantindo que o animal estará sempre bem alimentado para não atacá-lo. Ele aprendeu a conviver com o tigre e com as dificuldades daquele momento tão complicado.

Eu não sou um menino que vive com um tigre em um barco no meio do oceano Pacífico, mas as vezes tenho que aprender a sobreviver sozinha e a lidar com alguns “tigres” da vida. Não matá-los, mas aprender a conviver com eles, se você entende o que quero dizer. E este blog será sobre isso, enquanto estou na rua, lidando com as dificuldades do dia a dia, nunca esquecendo dos momentos bons, claro, eu estarei escrevendo sobre tudo isso, sobre o que vejo, o que aprendo, o que sinto. Pi, como 3,14, como a matemática da vida.

Me torno “imortal” aqui no Life of Pi(“P” de Paula, “I” de Imortalidade) que foi criado para ser a forma de comunicação que terei com todo o mundo, meu pequeno diário. Espero que você goste!

Paula.