Texto escrito dia primeiro de março de 2011
De novo pensando sobre a tecnologia na vidas das pessoas. Estou passando horas e mais horas dentro de aeroportos, sem a bendida internet ou o amado iPhone. Primeiro foram sete horas no aeroporto de Dulles em DC, depois mais sete horas no aeroporto de Atlanta e outras sete horas previstas no aeroporto de Guarulhos. 7-7-7. E o fato de não poder conectar está me deixando louca. O meu conputador simplesmente não conecta. No Aeroporto de Dulles onde a internet é free ele nao conectou de jeito nenhum, no de Atlanta onde é paga ele conectou, procurei um café no mesmo lugar onde tenha acesso grátis à internet, mas o computador também não conseguiu conectar. Engraçado. Pessoas à minha volta estão grudadas em seus iPhones ou Blackberries, e eu aqui, assistindo a um jogo de basquete com caras gigantes pulando pra lá e pra cá. Sorte que gosto de basquete.
Estarei de volta ao brasil em 20 horas, depois de o meu vôo ter sido cancelado por conta de um tornado na noite de ontem. Estou curtindo um dia de sol, enfiada no aeroporto. Acho que vou sentir falta dos Estados Unidos, aqui as pessoas são muitas vezes frias, mas são mais educadas, não gritam por ai e eu ainda encontro muita gente disposta a ajudar. Aqui quando eles estão dispostos a ajudar, ajudam mesmo, muito bom. Um cara ontem, ouvindo a minha conversa com uma atendente da Delta, me achou dois voos para a mesma noite, diretos para o Brasil no telefone dele, eu não pedi nada, nem havia falado com ele, mas ele foi ali e fez a pesquisa pra mim, ouvindo o “desespero” da minha vóz, infelizmente a moça disse que não poderiam mudar o vôo para a Tam ou United. Por outro lado, outro dia no aeroporto (sim, tenho andando por muitos ultimamente), uma senhora havia pedido o telefone de uma moça emprestado pra avisar o familiar dela que o vôo estava atrasado, a mulher simplesmente disse “não”. Pelo menos dá uma desculpa qualquer né...
Fico imaginando, devia ser tão difícil de marcar um jantar ou uma festa sem a internet, né? Ligar para todos ou, ainda, enviar convites “à moda antiga”. Lembro dos convites que eu fazia para as minhas festinhas de aniversário quando era criança. E daí entregava para os coléguinhas na escola, lendo o nome de cada um no envelope. Eu adorava fazer os convites com a minha mãe. Lembro que uma vez fizemos eles a mão, recortamos o papel e colamos um barquinho de papel na frente para os meninos e um coração para as meninas. Hoje as coisas são (quase) todas marcadas super em cima da hora, então eu abro uma mensagem conpartilhada no Facebook e convido todo mundo, ou se cria um evento, mas esses eu não curto muito for some reason. As vezes me da vontade de virar “old fashion”, onde tudo parece ser mais real, não tão rápido e feito com mais carinho. Inclusive os amigos são mais reais e menos... bom, menos virtuais.
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