Eu olho para aquelas fotos antigas. Não parece que eu tinha passado, mas parece que aquilo foi outra, outras, vidas. Até onde a minha lembrança chega, nas minhas fotos de bebe não vejo nada além de um tempo que me dizem ter acontecido, fatos que vivi mas não estão presentes nas minhas lembranças, estes não contam.
Quando vejo as fotos da praia, por exemplo, era tudo uma realidade tão diferente. Eu era diferente, obviamente, pequena, gorducha, cabelinhos lisos e ruivos, com franjinha. Eu não sabia ler, mas sabia cantar as músicas dos Mamonas Assassinas, não entendia os significados daqueles termos estranhos como “sabão crá-crá não deixa o cabelo do saco enrolar”, eu realmente imaginada um monte de cabelo dentro de um saco plástico. Mas parece que aquilo foi outra vida, de tão distante que está.
Assim como algo mais recente, minha viagem pros States por exemplo, aquilo é tudo muito estranho pois parece que não passou de um sonho ou de algo muito muito muito distante (além de todos esses quilômetros que separam Porto Alegre de Washington), como se fosse mesmo, uma outra vida. Algo que vivi e não me pertence mais, não faz mais parte de mim, uma realidade contrária.
Não sei se mais alguém pensa como eu, mas é a impressão que eu tenho. Como diria o meu amigo JP, I am traveling in the Mayonnaise... Só estou pondo em palavras um pouco das minhas bizarrices.. hehe
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