sábado, 30 de julho de 2011

Desabafo

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"
Clarice Lispector

terça-feira, 26 de julho de 2011

Bicho nojento

Esse é um vídeo idiota que eu fiz há um ano mais ou menos. Esse bicho asqueroso era constantemente achado no meu quarto e banheiro nos States. Eles têm zilhões de patas, entram pelo ralo e são super rápidos. No início eu não conseguia pegá-los, eram tão rápidos!! Mas com o tempo fui pegando jeito na coisa, esse aí eu cheguei em casa um dia e o vi preso na pia, bem feito, não conseguia sair. Eu tenho pena de matar os bichinhos, por mais nojentos e chatos que sejam, e quanto maior a criatura, mais difícil para mim, no inicio eu punha eles pra fora, mas um dia me dei conta de que voltavam, e eu tinha pesadelos com eles caminhando por cima de mim durante a noite. Mas com o tempo foi mais e mais raro vê-los ao redor, acho que matei tantos que entraram em extinção no nosso bairro por algum tempo. 

Bom, pelo menos barata eu só vi uma vez e em NYC e ratos só na rua e sempre no lixo dos vizinhos, nunca no nosso, já é um ponto positivo, pois o lixo ficava do lado de fora do meu quarto! 
Bom, está aí o vídeo besta se alguém tem interesse... hehe

Nerdisse

É a segunda vez que escrevo sobre a mania que as pessoas têm de me acharem com cara de nerd. Eu não entendo muito bem, está certo que leio mais do que a maioria das pessoas, e sim, eu sito coisas que li em livros. Mas na verdade é a primeira vez na minha vida que estou baixando a cabeça para estudar de verdade, talvez por isso que esteja sendo tão difícil para mim.

Desde a escola que eu tenho fama de NERD, CDF, e coisas do gênero. Engraçado como o fato de “diga-me com quem andas que eu te direi quem és” funciona, eu não sou estudiosa, mas sempre andei com os estudiosos. Também já tive as minhas más influências, sempre fui amiga dos guris, e daqueles que gostavam de tirar a nota mínima possível para passar, ou que nem a isso chegavam. Poor little Paula. Aos oito anos me “ensinaram” a colar, como? Simples, coloque o seu livro aberto debaixo da classe e, quando a professora não estiver olhando, dê uma lida ali. Resultado: a Frau Pereira, professora de Alemão, me pegou colando na segunda série, tive vontade de chorar. Depois disso, acho que só voltei a colar no ensino médio, fiquei traumatizada, admito. Mas não acho que tenha colado de verdade, no máximo foi uma troca de informações com o colega da frente ou de trás ou formulas de matemática escritas na mesa.. Nada muito grave.

Eu acho que daria uma boa personagem de livro, essas que sempre se ferram mas que no final tudo da certo. Assim, eu sempre passava de ano, mesmo marcando hora nas provas de recuperação e levando sempre a fama comigo, nerd, estudiosa. Eu diria sortuda e sempre dava uma enrolada legal ao responder uma questão com “Justifique sua resposta” no final. Sempre recebia um meio certo.

Nunca vou esquecer de quando tirei primeiro lugar na olimpíada de matemática, que orgulho! Ou sorte. Na verdade a prova era pura lógica e nisso eu admito ser boa. Lá eu aprendi a palavra genoma, foi realmente divertido. O premio? Um livro de matemática, afinal, o que mais um aluno do primeiro ano pode querer? Chocolates? Dinheiro? Capaz!! Mas era, de fato, um livro que eu gostaria de ainda ter, vou até dar uma olhada nas lojas de livros usados, talvez o ache.

Mas nerd, não, isso não. 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

10 coisas para fazer antes dos 30

10 Coisas que eu gostaria de fazer antes do 30 anos. Tenho 21 anos hoje, 9 restantes para fazer o que está na lista. Será que dou conta?
1-      Começar e terminar a faculdade.
2-      Arranjar um emprego bom.
3-      Ir à Europa.
4-      Mergulhar com golfinhos ou tartarugas, ou ambos.
5-      Rever amizades que fiz nos States. Aqui ou lá.
6-      Ir no Natal Luz de Gramado, que ninguém acredita, mas eu nunca fui!
7-      Ia gostar de ser mãe antes dos trinta, mas quanto mais o tempo passa, mais eu acho essa ideia fora de contexto.
8-      Subir no Cristo Redentor.
9-      Fazer rafting.
10-   Aprender uma nova língua.
Quando eu cheguei nos EUA fiz uma lista parecida, de o que gostaria de fazer lá, gostei muito de, no final, ter marcado um “check” ao lado da maioria das opções. Espero poder marcar a maioria das opções acima até o dia 21 de abril de 2020. 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Au Pair, aos olhos de Oxford

Ontem , ao procurar uma palavra no dicionário Oxford, me deparei com uma surpresa, encontrei a palavra Au pair. Obviamente que fui ler qual o significado dessa palavra na visão deles e obviamente que tive mais uma surpresa, mas dessa vez, não muito legal. De acordo com o Dicionário Oxford Escolar, para estudantes de Inglês, au pair significa: Estudante estrangeiro que mora com uma família em troca de serviços domésticos.
Se isso é Au Pair, eu não sei o que eu era quando morava nos States. Vamos deixar claro, caro Oxford, que uma au pair é PAGA para cuidar de crianças e está no contrato que ela NÃO PODE realizar tarefas domésticas, pois realizam tarefas de nannies e não de housekeepers, a não ser coisas leves do dia a dia de quem mora em uma casa, obviamente. Moramos com a família mais por comodidade dela do que nossa, e oferecer moradia é obrigação deles by the way, também está no contrato, cuidamos das pestes pelo salário, não pela casa.
O que me deixa indignada é que essa é realmente a visão de muitas pessoas, aqui e lá. Principalmente lá, aqui as pessoas nem sabem o que au pair é, muitas vezes. Quem pergunta, “Ah, vai para os Estados Unidos cuidar de crianças”, e as meninas indignadas respondem, “Nãooo, vou estudar!”. A verdade é que são as duas coisas, mais a primeira do que a segunda, para falar bem verdade, mas isso várias au pairs só descobrem quando chegam lá. Poor little girls... and boys... MAS, não vão para limpar banheiro, como o dicionário da Oxford defende. Quem diria, achei um erro no dicionário!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Amigo

Dia 20 de julho, como todos já devem ter-se dado conta através de Facebook e afins, é dia do amigo! Então, aqui vai uma homenagem aos nossos fieis companheiros, não, não estou falando de cachorro. Amigo, de acordo com o dicionário Aurélio, aquele que eu carrego comigo desde a quarta série quando ele saiu na lista de materiais, que posso chamar de amigo fiel também, afinal, são onze anos de companheirismo, anyway, de acordo com o meu amigo Aurélio, Amigo: Que é ligado a outrem por laços de amizade; Companheiro, Protetor. E amizade: Sentimento fiel de afeição, estima ou ternura entre pessoas que em geral não são parentes nem amantes.

Sempre me considerei uma pessoa de poucos, porém fieis, amigos. De nada adianta andar com muitos, mas na hora do aperto, não ter alguém fiel que vá estar ali ao seu lado, hoje vejo isso melhor do que há dois anos e daqui há dois anos tenho certeza de que a minha visão irá sofrer nova reforma.

Desejo então um feliz dia dos amigos, não só para os meus verdadeiros, aqueles que conto nos dedos, mas como também os meus amigos de festa, de cursinho, meus amigos-parentes, os amigos dos amigos, aqueles que já foram amigos de contar nos dedos em outras épocas da minha vida, aqueles que já foram de orkut, meus amigos de facebook, de google+, de blog, meus amigos de elevador, meus amigos de trem, meus amigos de todos os lugares,  afinal, a gente nunca sabe onde vamos conhecer um novo amigo. Me considero uma pessoa sempre aberta a novas amizades, é uma pena que hoje tenho recebido as pessoas já com um pé atrás, é o que a vida, cedo ou tarde, acaba ensinando para todos, não posso evitar. Mas um novo amigo, é sempre bem vindo, se vier a se unir aos que nos dedos eu conto, melhor ainda. Feliz dia!! 


Achei esse vídeo do Elmo por um acaso, muito fofo.

Diga-me como espirras e eu te direi quem és

Você já parou para pensar o quanto o seu espirro pode falar da pessoa que você é? Pois eu já, pois até a minha mãe concorda de que as viagens de trem têm me dado bastante tempo para filosofar. Mas pense bem: há pessoas que espirram baixinho, normalmente são mulheres e das pequenininhas, já os homens grandalhões espirram forte e no mínimo duas vezes numa sequência, as meninas mais, digamos que frescas, fazem um barulho estranho, parece o miado de um gato ao pisarmos no rabo do coitado, mas não tão agudo, claro.

Pois eu andei reparando. Pessoas com personalidade mais forte, aquelas que não conseguiriam esconder o seu verdadeiro eu por muito tempo, espirram um pouco mais alto, assim também não conseguem escondê-lo, são pessoas que falam mais o que pensam. As que espirram fininho e agudo (a do miado de gato, também comparado com o latido de um cachorro pincher) são pessoas que se preocupam mais com a aparência, pode reparar, são mulheres normalmente bem arrumadas, maquiadas e com o cabelo no lugar, há também os homens que espirram e até os vidros da casa estremessem podem ser considerados o contrário das miado-de-gato. Gosto muito dos que espirram baixinho, queria eu poder me incluir neste grupo, vejo-os como pessoas sofisticadas, ou talvez envergonhadas.
O que dizer das pessoas que espirram “normal”? Não sei, talvez elas sejam pura e simplesmente normais, ou talvez elas saibam controlar o eu delas, pessoas neutras? Daí teríamos que fazer uma análise mais profunda. A minha foi feita, a principio, com base nas pessoas aqui de casa, passando assim para as miado-de-gato na minha aula e em seguida ao povo do trem, ali sim foi onde tirei minhas últimas conclusões, pois vemos pessoas de todos os tipos. Lembre-se: Eu não conheço as pessoas de quem estou falando, ou a maioria delas, pode-se dizer que isso é uma ideia preconceituosa da minha parte, mas não chega a ser um mau pré conceito, é só a ideia que elas me passam ao espirrarem, não posso evitar. 

O que o seu espirro fala de você mesmo? 

domingo, 17 de julho de 2011

O fim de uma era: Harry Potter

Ontem eu fui contra os meus princípios pela segunda vez. A primeira vez foi na Quinta-Feira, quando cheguei em casa e assisti à primeira parte do Sétimo filme do Harry Potter com a minha irmã e ontem assisti à última parte no cinema, e o pior, em 3D.

Ok, vou explicar: Em 2004 eu assisti ao terceiro filme da série no cinema, era, até então, o meu livro favorito. O Prisioneiro de Azkaban. Foi tão grande a decepção, que prometi a mim mesma, logo depois do ir assistir ao filme, que nunca mais assistiria algum filme da Série, pois estava estragando com a imagem que eu tinha das coisas, dos rostos dos personagens e dos monstrengos, tal como o Dobby e o Lobisomem, no caso desse filme.

E assim foi, nunca mais assisti a outro filme da série, algumas vezes evitei de entrar na sala por tempo mais que o necessário, só para não assistir aos filmes. Nos Estados Unidos assisti a boa parte do quarto filme, O Cálice de Fogo, tanto era a paixão das crianças pelo mesmo, mas foi só.
 

Agora essa febre toda volta com o lançamento da última parte do último filme. As pessoas só falam nisso, jornais, no cursinho, facebook, todos!! Quando cheguei em casa na última quinta, tomei a decisão de quebrar a promessa e descobrir o que tinha de tão bom assim nos últimos filmes da série.

Quem ainda não assistiu ao último filme, e não quer saber detalhes sobre este, não leia a partir daqui!

Mas vou falar de ontem, quando fui de novo ao cinema, quebrando duas promessas, uma sobre o HP e a outra sobre ver um filme 3D de novo, não curto 3D, me deixa tonta e não sou uma super amiga de pares de óculos. Mas fui, e gostei. O filme conseguiu ter uma boa dose de humor e claro, o drama, mas não foi tanto quanto no livro, chorei muito lendo o último livro. O mais legal foi quando o Fred morreu e umas meninas sentadas próximas a nós começaram a chorar ESCANDALOSAMENTE!! Todos começaram a rir das gurias. Daí na hora do Snape elas começaram de novo e daí não pararam de soluçar até o final do filme, mas quando o Snape morreu já estava todo mundo chorando, ou todo mundo que já havia lido o livro e sabia das verdades.
 
Sobre mim, durante o filme, quanto mais se aproximava da hora de o trio ir a Hogwarts, mais eu ficava nervosa, minha perna balançava tanto que a minha amiga mandou eu parar. Mas é porque eu já sabia o que estava por vir, ela não.. hehe. Nunca vou esquecer que, por causa dos últimos dois livros da série, eu quase reprovei no terceiro ano, em 2007, pois, ao invés de estudar, eu lia os livros sem parar, mas nem tem como parar, o sexto livro foi o melhor de todos na minha opinião e o sétimo não tinha como parar de ler pois, afinal de contas, era o último. Mas, apesar da recuperação, eu gabaritei a prova e passei com nota 9. Viva a química Orgânica e o Acerto de NOX. Gostei do filme, esse foi o único que realmente não deixou a desejar, ou talvez seja por fazer 4 anos desde que eu li o livro e já não lembre dos fatos assim tão bem. Fica a dica, como diz o Pedro Gonzaga, meu professor de literatura.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Eu Mereço!! Será?

Enquanto lia um texto muito interessante no site da revista Época, fui processando o que a autora nos dizia. É um texto da jornalista Eliane Brum, que fala sobre a geração dos jovens adultos de hoje, a geração do “eu mereço”, consequentemente, a minha geração. Desde a primeira linha eu já comecei a concordar 100% com as observações de Eliane, falando que fomos criados com a ilusão de que a vida é fácil, de que recebemos aquilo que merecemos, e que o que merecemos é muito bom! Culpa de nossos pais, suponho eu, não que nos quisessem mal, mas que tiveram uma infância mais limitada, começaram, em sua maioria, a trabalhar ainda muito jovens e poucos tiveram a chance de cursar um ensino superior e, para fechar o pacote de “sofrimentos”, viveram na época da ditadura militar, onde a liberdade de expressão era quase inexistente. Assim, a intenção foi boa ao quererem nos dar tudo aquilo que não tiveram e nos proteger.

Cada um teve a infância que teve, nós de classe média, media-alta ou alta, uns mimos mais extravagantes. Eu nunca tive uma coleção de Barbies ou tudo o que queria, mas tinha a minha Barbie Ariel e o meu Danoninho. Conforme eu ia lendo o texto, pensava nas dificuldades da minha infância, de fato, como diz a Eliane, não foram muitas, mas houveram sim, fatos marcantes, como por exemplo o fato de ter sido rejeitada na escola, ali pelos nove anos quando as crianças se transformam em “seres do mal”, por ser diferente fisicamente, a menina branquela dos cabelos cor de laranja que cresceu rápido demais. Isso hoje não me afeta mais e acho que foi necessário e bom, pois hoje sou quem sou e me considero muito mais preparada para “o mundo lá fora” do que os meus colegas de cursinho, por exemplo, ou mesmo ex-colegas de aula que já muito me deram exemplo de serem integrantes legítimos da geração do “eu mereço” que ainda não deixaram a barra da saia da mãe e acredito que tão cedo não a deixarão. Tenho um pouco de vergonha, uso essa palavra por não achar outra melhor, por ser da geração que sou, mas sou quem sou e sei que não sou como muitos outros “avoados” que acham que a vida é bela e simples. 

A atual classe C luta muito mais que a jovem classe A, justamente por saber que a vida não é simples ou fácil. Eu aposto as minhas fichas que, logo logo, em alguns anos, muitas pessoas inverterão as classe e as “rebaixadas” não se darão conta do que aconteceu, já que a vida lhes parecia tão fácil. Tenho medo do futuro que nos aguarda, assim como não confio nos jovens profissionais de hoje, os que apresentam coleções de diplomas e carimbos no passaporte e pouquíssima experiência de vida. 
Leia o texto de Eliane Brum aqui.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

E esse frio??

Todos os dias o meu professor de física faz a mesma brincadeira: Quem vem pra aula nesse frio vai passar certo no vestibular, vocês não viram, mas Jesus está ali fora anotando o nome de vocês na lista. E a mesma piada é feita em dias de chuva. A RBS e Zero Hora estão in-su-por-tá-veis só falando de temperatura abaixo de zero não sei onde, previsão de neve pro final de semana e o dia que amanheceu congelado em algum lugar... No início tudo bem, pois esse frio ainda era um pouco de novidade pra maior parte da população, mas já deu né? 

Povo encarangado no trem, povo encarangado nas ruas. Em casa a mãe faz sopa TODAS AS NOITES religiosamente e eu não saio de manhã sem o meu cafezinho debaixo do braço para ir tomando no trem. As pessoas falam em Fondue, os aquecedores já estão em falta nas lojas e os vendedores ambulantes que ficam em frente a paradas de ônibus ou a saída do trem fazem muito dinheiro com os desavisados que saem de casa sem touca ou luva.

Eu saio na minha, com a minha luva gostosa, meu chapeuzinho na cabeça, minha jaqueta que espalha penas pela minha roupa e, claro, minha bota. Essa última recebe olhares estranhos no trem, tadinha, minha mãe acha bonita, eu acho ela necessária, quentinha e confortável, minha bota de neve... Aqui eu passo mais frio do que nos EUA, já que não temos aquecimento interno como se tem lá, apesar da temperatura não estar tão baixa quanto lá, mas digo que não está muito longe também não. A diferença é que nos States o dia não se torna mais e mais quente, muito pelo contrario, ele sempre baixava um ou dois graus conforme a tarde ia se aproximando.
Mas eu gosto desse tempo, é gostoso de ficar enfiado debaixo das cobertas lendo ou estudando, além das comilanças e bebidas quentes. Tudo muito gostoso. O verão é tão abafado, desconfortável, cheguei a passar mal quando voltei dos Estados Unidos, teve um dia que a minha pressão baixou e achei que ia cair durinha no chão do Iguatemi, haha. Então, viva o inverno e o conforto de uma japona, meias e luvas. Que isso dure até final de agosto e que não tenhamos veranico de inverno! E RBS, por favor, arranja outro assunto... 

terça-feira, 5 de julho de 2011

The Eagles

Não, eu não vim para falar de Águias ou sobre a Independencia dos EUA comemorada ontem, alías, não aguento mais ver fotos de pobres crianças vestindo azul, vermelho e branco segurando banderinhas dos Estados Unidos. Vim falar da Banda The Eagles, que na verdade é igualmente Americana que deve ter curtido o feriado de ontem como todo o resto. Anyway... vamos ao que interessa! 

Hoje na hora do almoço eu liguei o meu computador só para deixar as músicas tocando aleatoriamente, gosto de fazer isso as vezes. O que me pegou de surpresa foi escutar uma música que eu não conhecia ainda, mas ela já estava aqui há bastante tempo. Achei a letra tão bonita, cheguei a parar de comer para prestar atenção.

A letra traz, dentro de uma pequena história, uma mensagem positiva, a banda é The Eagles e o nome da música é No More Cloudy Days. Duas frases que me chamaram atenção na letra da música são as seguintes: “There’s no more stormy nights, no more cloudy days” e “and you don’t have to be afraid to fall in love again”. Não é o tipo de música que te faz parar para escutar, não tem nem uma batida marcante ou uma letra “ catchy”, mas a mensagem positiva me chamou muito a atenção. Mas gosto muito da parte instrumental. Essa banda não é uma que eu seleciono para escutar, se escuto músicas assim por muito tempo eu fico deprê :P

Eles têm várias outras músicas com mensagens legais e umas que realmente curto, como Hotel California, que na verdade tem mais valor sentimental pra mim por sempre lembrar de um bom momento que vivi nos Estados Unidos. Mas como eu disse, é ótimo como música de fundo, escutar direto não é legal. Eu não achei um vídeo bom a música, então porei o da Hotel California. Mas da pra procurar pelo áudio na internet.